segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Amor e Sexo promove debates sobre sexualidade

Joyce Cunha

Sexo não é o assunto mais comum em reuniões entre amigos ou familiares. Um tema cheio de tabus que recentemente ganhou mais um espaço para troca de informações. No último dia 28, estreou na Tv Globo o programa Amor e Sexo, que irá ao ar às sextas-feiras, depois do Globo Repórter.

Fernanda Lima esta à frente do programa e é a mediadora dos debates promovidos entre público, convidados e entrevistados nas ruas. A sexóloga Carmita Abdo participa das discussões apresentando informações sobre os assuntos abordados.

O programa é uma opção para quem busca saber um pouco mais sobre o tema, mas não sabe a quem recorrer. A falta de espaços para promover debate sobre sexo gera desinformação e uma séria de mitos sobre o assunto. “As pessoas fazem sexo sem entender o que é e não têm consciência do que isso pode trazer para suas vidas”, afirma a psicóloga e terapeuta de casais, Regina Vaz.

Dentro do ambiente familiar também é incomum o diálogo entre pais e filhos sobre esse assunto. Isso pode significar o início da vida sexual problemática para os jovens. Diversas pesquisas já apontaram que os adolescentes praticam sexo cada vez mais cedo. Em sua tese de doutorado na USP, na área de saúde, Ana Luiza Viela Borges observou entre os entrevistados, jovens de 15 a 19 anos, que a vida sexual se inicia em média aos 15.

A pesquisa mostrou ainda que do total de adolescentes entrevistados, 41,5% dos homens e 31,7% das mulheres não utilizaram métodos contraceptivos. Essa é apenas uma das implicações de não promover debates sobre o tema. Por incrível que pareça, em pleno século XXI, tantos tabus sobre sexo podem atrapalhar uma vida sexual saudável e prejudicar relacionamentos.

4 comentários:

  1. Um programa que discuta esse tema é realmente importante, para que as pessoas possam buscar mais informações e conhecimentos. Assim as pessoas estarão mais conscientes de seus atos, e os riscos envolvidos, podendo evitá-los.

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  2. O mais importante é discutir esse tema de forma simples, porém eficaz, já que hoje em dia, o número de pessoas acima de 60 anos com DSTs aumentou muito.
    Os jovens tem o acesso a internet, o que facilita a informação, mas se a intenção era levar esse programa para o público geral deveriam ter optado por um horário um pouco mais cedo.

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  3. Há um outro lado.Vejo que os adolescentes, particularmente as adolescentes têm receio do assunto.Estão cientes, porém preferem não falar à respeito.Até onde podemos ou devemos forçar um diálogo?Explicamos,exemplificamos, cientizamos, mas a barreira as vezes parece instransponível.

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  4. Há, sobretudo nas últimas décadas, uma massificação do acesso a meios de comunicação. Contudo, observa-se um paradoxo entre excesso de informações sobre o tema em questão e "pudores" que datam de muitos anos atrás. Assim, vale ressaltar a existência de um programa de tv cuja meta seja trazer à sua audiência questões nem sempre tão óbvias sobre "Amor e Sexo", além de veicular esse assunto em um ambiente muitas vezes familiar.

    Parabéns pelo post!

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