domingo, 2 de agosto de 2009

Podemos ser até "presidenta"

“O primeiro momento das sociedades democráticas foi acompanhado pela rejeição social do trabalho feminino, construiu-se em torno da disjunção estrutural entre homem produtivo e mulher em casa”. É dessa forma que o filósofo francês Gilles Lipovetsky define o ingresso da mulher no mercado de trabalho, no livro “A Terceira Mulher – Permanência e revolução do feminino”.

Desde então, as conquistas são evidentes. Para se ter uma ideia, além de garantir seus direitos, como, por exemplo, com a legalização da licença maternidade, o número de mulheres no mercado de trabalho não para de crescer.

Segundo dados do Dieese, entre 2003 e 2008 o número de trabalhadoras subiu 20,6%. E não apenas o crescimento da participação feminina nas atividades profissionais chama atenção. A evolução das mulheres nos setores em que trabalham e a conquista de cargos de chefia demonstram o reconhecimento do trabalho das mulheres.

A Unicamp realizou estudo sobre a participação das mulheres no mercado de 1988 a 1999. Os dados impressionam: a presença de mulheres em cargos de planejamento cresceu 45% nesse período, e em cargos de direção e gerência cresceu 52%.

Os números comprovam a evolução feminina no mercado. A maior participação também atinge o setor político. Nessa semana, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, apontada como a candidata à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, declarou que a sociedade está preparada para eleger uma mulher à presidência.

“O Brasil poderá ter uma presidente mulher, não vejo porque o Brasil não pode ter. Teve um presidente metalúrgico, pode ter um presidente negro, e pode ter uma presidenta. A sociedade está madura para isso”.

As mudanças na visão da sociedade sobre os papeis sociais da mulher trouxeram benefícios. Eleger um representante não depende mais do sexo, mas de sua conduta e competência. Questões políticas à parte, nós mulheres mostramos capacidade profissional. Nossa participação cada vez mais efetiva é sinal de que muitas conquistas ainda estão por vir.

4 comentários:

  1. Muito legal trazer a discussão sobre mulher e política para o blog.
    Nós, mulheres, somos grande parte do eleitorado, lutamos para conquistar esse direito e temos que faze-lo valer a pena!

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  2. Cabe ressaltar, como esse blog tem feito, a qualidade da "mão-de-obra feminina", em detrimento de conflitos sexistas.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Concordo com a Pamela, temos que fazer valer a pena.Não somente ter uma mulher representando a nação, mas uma mulher com condição e capacidade para isso.Uma mulher inteligente, culta e com diploma universitário SIM

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