sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A menina e a enchente - uma história de superação

Natacha Braido

“Nasci numa casa em Santo André em que dava uma super enchente. Meu pai assalariado, trabalhando sozinho. Normalmente em cada enchente a gente perdia tudo, tudo que tinha dentro de casa. Aí tinha que recomeçar, comprar tudo de novo. Depois eu fui trabalhar, estudar e sempre me mantive. Aí casei vim morar em São Caetano, você sabe o que é isso, pra uma criança que saiu da enchente? Vim morar num apartamento no 12º andar. Eu saia na janela e não acreditava que era eu. Você acredita nisso? Parece bobeira, não parece? Mas aquela menininha, que limpava enchente... A vida da umas guinadas que são muito interessantes.”

As palavras emocionadas de Maria Cristina Moreno, 49, ao relembrar sua infância fazem parte da nossa jornada de descobertas. A história de Cristina foi uma entre as muitas que nos emocionaram e nos permitiu dar início ao trabalho.

Ouvimos relatos sobre todos os assuntos: infância sofrida, casamentos que não deram certo, casamentos que estão para acontecer, escolhas entre família e marido, acontecimentos trágicos, doenças, liberdade e homossexualidade.

Algumas histórias foram contadas com sacrifício por lembrarem algo ruim. Outras contadas com emoção por serem vividas novamente. Mas todas transmitindo sensações incríveis.

Não é por sermos mulheres, mas não poderíamos escolher outro assunto mais intrigante e emocionante para escrever um livro. Cada mulher traz consigo uma lembrança, seja ela boa ou ruim, que faz parte da sua história de vida.

Maria Cristina abriu seu mundo para nós. Em uma tarde de inverno sentimos também a sensação de perder tudo na enchente. Saímos na janela do 12º andar e vimos a vida de um lugar tão alto que a água jamais alcançará.

A história da Maria Cristina completa estará no nosso livro. Obrigada Cristina por nos ensinar que a vida pode ser do jeito que a gente quiser se tivermos forças para lutar!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Histórias de mulheres

Joyce Cunha

Desde o início do ano, quando definimos o tema do nosso trabalho de conclusão do curso, acompanhamos o que há de novo no mundo feminino. Em todo o mundo, independente de questões culturais, as mulheres são notícia diariamente.

Encontramos informações de todos os tipos. Não é difícil localizar dados sobre pesquisas que anunciam que a vida sexual traz benefícios à saúde da mulher ou até mesmo sobre os conflitos das mulheres que enfrentam problemas por não conseguir conciliar vida profissional e os cuidados com a família.

Ao iniciar a última etapa de nosso trabalho, reunimos o material que trabalhamos durante o ano. São depoimentos de mulheres de diversos estilos e idades e especialistas de diferentes áreas, além de pesquisas relacionadas ao tema.

Pode parecer estranho, mas apesar de haver uma quantidade grande de informações não é simples contar sobre as conquistas e dramas dessas mulheres. Durante as entrevistas sentimos a emoção das personagens. Observamos seus gestos, suas roupas, o corte do cabelo, a cor das unhas, os porta-retratos de suas casas.

Ao reproduzir trechos de suas vidas, sentimos novamente a emoção. Percebemos simplicidade e extravagância no desejo dessas mulheres, alegrias e sofrimentos que já viveram ou ainda vivem. Histórias que nos inspiram e compõe o roteiro de nosso livro-reportagem “Moderna, mas nem tanto”.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A VEZ DAS MULHERES


Pamela Lopes

Para escrever o livro "Moderna, mas nem tanto" mergulhamos no universo feminino. Imagine só: quatro mulheres entrevistando mais de dezenas de personagens e especialistas sobre amor, filhos, carreira, problemas e muitos outros assuntos do cotidiano das mulheres. Mais do que pautas, assuntos e temas, nesta pesquisa encontramos um pouco mais de nós mesmas.

O livro ainda não está finalizado, mas entre as muitas conclusões que chegamos uma com certeza é inquestionável: As mulheres se destacam mais a cada dia, seja em casa, no trabalho, enfim, no mundo. Alguns estudiosos, em suas entrevistas, nos afirmaram que este é o século da mulher. Nós vamos mais longe: este é o milênio da mulher.

Rose Marie Muraro, grande nome do feminismo no Brasil, fez questão de afirmar a essencialidade do papel feminino. Sueli Castillo, psicóloga e terapeuta de casais, explicou como a mulher é responsável pela formação do comportamento dos homens. Regina Vaz, especialista em relacionamentos, nos contou como a mulher influenciou toda a história e, principalmente, as revoluções do último século.

Mas não foi apenas em discursos acadêmicos e teóricos que descobrimos o quanto as mulheres são fortes e sensíveis, inteligentes e sonhadoras, mais do que isso: vencedoras. Encontramos histórias de vidas que dariam um livro ao conversar com mulheres que muitas vezes passam despercebidas pelas ruas.

Para nós, quatro jovens estudantes, é uma honra poder escrever esse livro, que retrata um pouco de cada mulher. Ainda estamos no começo, mas já podemos garantir que você vai adorar ler. E se você quiser participar, o nosso blog ainda está aberto. Se você tem alguma sugestão ou depoimento, envie para o email tccmulheres@gmail.com

Obrigada!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Tendências para primavera/verão 2010

O calor está chegando e com ele as novidades do mundo da moda.

Durante os próximos meses, as cores predominantes serão o azul, o verde, o amarelo, o vermelho e o roxo. De acordo com vários estilistas, a aposta é para os vestidos, inclusive o longo, que deve ser usado com rasteirinha.

Não adianta tentar ser discreta. A moda pede vestidos coloridos, florais, e também em desenhos geométricos.

Cintos e faixas podem ser usados sobre os vestidos para marcar a silhueta ou para dar beleza à peça. Para as mulheres altas, a faixa deve ser usada próxima à cintura. Para as mulheres mais baixinhas, pode ser usada abaixo dos seios, pois isso causa a impressão que a silhueta foi alongada.

Mas o que vale mesmo é lembrar que isso são apenas tendências. Cada mulher deve se sentir bem com a roupa que veste, sem perder seu estilo.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Nós realmente que somos complicadas?

Carolina Mischiatti

Nessa altura do nosso trabalho, em fase de escrever o livro, sobra pouco tempo para ler emails divertidos. Um deles, entretanto, chamou nossa atenção esta semana. É que a maioria dos homens considera nós, mulheres, “complicadas demais”. Pois bem, as frases a seguir, de um autor desconhecido, são bem interessantes, pois mostram como sociedade nos julga, mas sem nos dar opção. Talvez por isso ser mulher e agradar a todos seja tão difícil.

Se a gente se insinua, é mulher atirada. Se a gente fica na nossa, tá dando uma de difícil.
Se a gente aceita transar no início do relacionamento, é mulher fácil. Se a gente não quer ainda, tá fazendo doce.
Se a gente põe limitações no namoro, é autoritária. Se concorda com o que ele diz, é uma tonta, sem opinião.
Se a mulher batalha por estudos e profissões, é uma ambiciosa. Se não tá nem aí pra isso, é dondoca.
Se a gente adora conversar sobre política ou economia, é feminista. Se não se liga nesses assuntos, é alienada.
Se a mulher corre para matar uma barata, não é feminina. Se corre de uma barata, é uma medrosa.
Se a gente aceita tudo na cama, é vagabunda. Se não aceita, é fresca.
Se a mulher ganhar menos que o homem, tá querendo ser sustentada. Se ganhar mais, tá querendo humilhá-lo.
Se a gente adora roupas e cosméticos, é narcisista. Se não gosta, é sapatão, ou no mínimo desleixada.
Se sai mais cedo do trabalho, folgada. Se sai mais tarde, tá dando para o chefe. Se faz hora-extra, é gananciosa.
Se gosta de TV, é fútil. Se gosta de livros, tá dando uma de intelectual.
Se a mulher quer ter cinco filhos, é uma louca, inconsequente. Mas se só quer um, é uma egoísta, que não tem senso maternal.
Se a gente se aborrecer com certas atitudes dele, é uma mulher dominadora. Se aceitar tudo o que ele faz, é submissa.
Se a gente gosta de rock, é doida chapada. Se gosta de música romântica, é brega. Se gosta de música eletrônica, é porra louca.
Se a gente faz uma cena de ciúme, certamente é neurótica. Mas se não faz, não sabe defender seu amor.
Se a gente fala mais alto do que ele, é uma descontrolada. Se a gente fala mais baixo, é subserviente.
Pô! E depois ainda dizem que mulher é que é complicada.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Salto alto na adolescência


Carolina Mischiatti

No dia 21 de setembro a filha dos atores Tom Cruise e Katie Holmes, Suri, foi vista passeando com sua mãe pelas ruas de Boston (EUA) calçando sapatinhos de salto. O detalhe é que a garota tem apenas três anos. O flagrar da garotinha virou assunto em grande parte da imprensa internacional.

Aqui no Brasil não é mais novidade ver adolescentes que começam a usar salto alto ou anabella entre os 12 e 13 anos de idade. Entanto o uso precoce desse tipo de sapato pode causar problemas a curto prazo. De acordo com a fisioterapeuta Patrícia Pezzan, que realizou um estudo para sua tese de mestrado na USP, meninas que fazem uso freqüente de salto alto demonstram os primeiros sintomas negativos em apenas um ano.

Os principais problemas são relacionados à má postura. O efeito do salto alto de arrebitar o bumbum é um dos vilões, pois provoca desvios na lombar e no osso da pélvis. O efeito “X” aparece da cintura para baixo, porque ao tentar se equilibrar no salto a mulher aproxima os joelhos e curva os pés para fora. E isso se reflete em malefícios para os músculos e articulações. É ele (“X”) também que ajuda a desgastar mais as partes externas do sapato.

Mas como é difícil achar mulheres que resistam a esse tipo de salto, a fisioterapeuta da a dica. Não é preciso parar de usar salto alto, apenas não começar a usá-los tão cedo, nem abusar do calçado, deixando-o para ocasiões especiais, é a dica de Patrícia. Assim, é possível manter o corpo bem, mesmo quando descer do salto.